Marketing olfativo é muito mais do que “deixar cheiro bom”. Feito da forma certa, ele aumenta o tempo de permanência, a percepção de valor e a lembrança de marca. Feito da forma errada, causa incômodo, desperdício e até rejeição. Veja os erros que mais acontecem e o passo a passo para evitá-los.

Erro 1 — Escolher a fragrância sem alinhar com a identidade da marca

Muitas empresas escolhem “o cheiro que todos gostam” e não o que traduz a sua proposta de valor. O resultado é um aroma genérico, que não diferencia e pode até conflitar com o posicionamento.

Como evitar

  • Liste 3 atributos da marca (ex.: sofisticada, natural, energética).
  • Mapeie famílias olfativas que traduzem esses atributos:
    • Sofisticação: amadeirados, âmbar, musk.
    • Natural/fresh: herbais, verdes, ozônicos.
    • Energia: cítricos, especiarias leves.
  • Peça 2–3 opções de assinatura olfativa que respeitem esses pilares e teste com público real.
Ferramenta prática: descreva sua marca como um ambiente (iluminação, som, textura). O aroma deve “soar” como esse lugar.
 

Erro 2 — Intensidade inadequada (forte demais ou fraca demais)

Cheiro forte cansa e causa evasão. Cheiro fraco passa despercebido e não fixa lembrança. A intensidade ideal depende de metragem, pé-direito, ventilação e fluxo de pessoas.

Como evitar

  • Comece no nível baixo por 48h e aumente gradualmente (+10–20%).
  • Programe horários (pico/vale) e ajuste por dia da semana.
  • Prefira nebulização a frio com controle fino de intensidade.
Espaço Diretriz
Consultório/pequeno Presença sutil; evite doces pesados
Loja média (60–120 m²) Equilibrado; reforço em horários de pico
Áreas amplas Múltiplos pontos de difusão em menor intensidade
Dica de ouro: a melhor intensidade é a que se percebe ao entrar, mas “desaparece” após alguns minutos (adaptação olfativa), sem incomodar.
 

Erro 3 — Difusão mal distribuída (um único ponto para tudo)

Concentrar a saída em um ponto cria “zonas de cheiro” (muito forte perto, inexistente longe). Isso gera experiência inconsistente e feedback negativo.

Como evitar

  • Use múltiplos difusores em baixa intensidade ao invés de um único potente.
  • Posicione longe de correntes de ar diretas e de portas que abrem para a rua.
  • Integre ao sistema de HVAC quando possível, com controle de retorno e filtros limpos.
  • Faça um mapa de cobertura (planta simples com pontos e setas de ar) e revise trimestralmente.
 

Erro 4 — Falta de protocolo de testes e de feedback

Decidir “no nariz de quem escolhe” é arriscado. Sem teste cego e sem coleta de comentários, o projeto fica vulnerável a vieses.

Como evitar

  1. Selecione 2–3 fragrâncias finalistas (famílias diferentes).
  2. Teste por 7 dias: dias 1–2 sutil, 3–4 médio, 5 pausa, 6–7 intensidade alvo.
  3. Coleta simples: QR em balcão com 3 perguntas (agradabilidade, intensidade, “combina com a marca?”) e campo livre.
  4. Decida por dados: média de agradabilidade + % que associou à marca + comentários qualitativos.
Métrica rápida de sucesso: tempo médio de permanência, taxa de retorno e NPS olfativo (pergunta única de 0–10 sobre o aroma).
 

Erro 5 — Ignorar segurança, manutenção e sazonalidade

Frascos vencidos, equipamentos sujos e trocas aleatórias derrubam a qualidade e podem gerar sensibilidade em clientes.

Como evitar

Checklist mensal

  • Validade e lote dos refis registrados.
  • Limpeza dos difusores e checagem de vedação.
  • Atualização de programação (feriados, picos, eventos).
  • Revisão da intensidade por estação (verão x inverno).
  • Treinamento rápido da equipe (manuseio e troca de refil).

Boas práticas

  • Padronize a assinatura olfativa (consistência = memória).
  • Crie variações sazonais leves (mesma “família”, nuance diferente).
  • Sinalize discretamente o uso de fragrâncias (acessibilidade).
 

Roteiro de implantação em 10 passos

  1. Defina atributos da marca e objetivos do aroma.
  2. Escolha famílias olfativas coerentes.
  3. Selecione equipamentos (nebulização, controle e programação).
  4. Planeje cobertura (mapa de pontos + HVAC).
  5. Ajuste intensidade inicial (baixa) e programe horários.
  6. Execute testes de 7 dias com coleta de feedback.
  7. Defina assinatura e política de sazonalidade.
  8. Treine equipe e documente procedimentos.
  9. Monitore KPIs (permanência, NPS, retorno, vendas correlatas).
  10. Revisão trimestral (layout, clima, fluxo, limpeza do sistema).
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